JAZIMENTO PRIMÁRIO
O diamante está encravado na rocha
portadora e conserva-se em sua forma
original. Na África do Sul, foram descobertas 250 pipes (chaminés
vulcânicas) de formação geológica do cretáceo, entretanto somente algumas são
diamantíferas. A mina chamado de
“kimberlito” contém no seu topo uma rocha argilosa, chamada yellow ground
(terra amarela), devido à cor amarelada, que é produto da meteorização do Blue
ground (terra azul). O kimberlito é uma rocha ígnea rica em olivina, um tipo de
peridotito, no estado de brecha. O pipe mais famoso, a mina de Kimberley, foi
explorado entre 1.871 a 1.908 sem nenhuma maquinaria. Foi aí que se formou o
maior buraco escavado pela mão do homem, tendo 460m de diâmetro na superfície e
a profundidade de 1.070 m. Desta mina extraíram-se 14,5 milhões de quilates de
diamantes. Atualmente, ela é explorada por meio de galerias subterrâneas.
As famosas minas do tipo pipes (chaminés vulcânicas)
são as de Bultfontein, De Beers, Dutoipan, Finch, Jagersfontein e Wesselton.
JAZIMENTO
SECUNDÁRIO.
São os locais onde os diamantes são encontrados
distantes das chaminés vulcânicas. Os diamantes perdem a sua forma original
ficando arredondados. A maioria dos jazimentos no Brasil são secundários.
Em 1.725, encontraram-se os
primeiros diamantes no continente sul-americano, em Minas Gerais, junto a atual cidade de Diamantina, às
margens do rio Jequitinhonha. Em 1.843, foi descoberto na Bahia o carbonado
pardo-negro, um agregado de diamantes microcristalinos, muito apreciado na
indústria devido à sua grande resistência. O Brasil encabeçou durante os séculos XVIII e XIX a
produção mundial de diamantes, sendo
porém suplantado posteriormente pela África do Sul. As jazidas do Brasil eram
predominantemente aluviais, em associação com uma rocha decomposta, semelhante
ao kimberlito. A região de Estrela do Sul, no extremo oeste do Estado de Minas
Gerais produziu e tem produzido os
maiores diamantes. Existem kimberlitos próximos a região de Estrela do Sul que
poderá levar futuramente os pesquisadores a encontrarem estas rochas intrusivas
produtores de diamantes. Geologicamente, essas duas áreas produtoras provêm de
períodos completamente diferentes.
Enquanto a de Estrela do Sul remonta a 120 a 150 milhões de anos a de
Diamantina data provavelmente de 500 milhões a um bilhão de anos.
Milhares de garimpeiros estão engajados na mineração de diamantes, espalhados por um área de mais de 4.000.000 de
quilômetros quadrados, desde as chapadas
de Rio Branco, na fronteira com a Venezuela, até os Estados de Minas Gerais e
Mato Grosso do Sul.
Ao contrário de alguns
outros países produtores de diamantes, como a Índia, por exemplo, onde as minas
estão quase exauridas, há sólida evidência
de que o Brasil ainda produzirá diamantes por muitos anos. Apesar de já terem sido encontrados cerca de
300 kimberlitos no Brasil, nenhum apresentou ainda uma produção viável. A
mineração tem sido portanto restrita até agora às terras de aluvião, solos
aluviais e aglomerados antigos.
Numerosas jazidas no sul da
África são aluviais (jazimento secundário). A superfície terrestre que se
encontrava anteriormente a uns l.000 metros mais alta, e assim como as chaminés
diamantíferas que emergiam nela, foram transportadas no decorrer do tempo,
tendo estas últimas sido esvaziadas em sua parte superior. Os diamantes foram
transportados pela água junto com o pedregal
fluvial para outras regiões,no caso do rio Orange, que foi a primeira descoberta
africana em l.867, atéo mar. De acordo com isto, existem jazimentos
secundários nos vales do rios, antigos terraços fluviais, e inclusive, tal como
se sabe desde 1.926, na costa atlântica.