quarta-feira, 20 de março de 2013

CORES DOS DIAMANTES



Os diamantes coloridos adquirem as cores devido à presença de substância em sua estrutura  que é  determinante para a referida cor.
1)  Diamante amarelo.
                     A cor determinante no diamante amarelo é o nitrogênio.

2)    Diamante vermelho
      A mais rara das cores. Observa-se que em 30(trinta) anos de certificações no GIA (Gemological Institure of America) não há menção de um diamante puro vermelho. O diamante de 0,95ct (noventa e cinco pontos do quilate) vendido em Nova Yorque  tinha várias inclusões.
       O que determina a cor em diamantes vermelhos é a deformação plástica, um capricho da natureza.

3)     Diamante rosa.
      O diamante rosa tem como fator determinante de cor também por deformação plástica. Nos últimos anos a procura por diamante  rosa cresceu vertiginosamente.

4)    Diamante azul.
       Nos diamantes de cor azul o fator determinante dessa cor é a presença de boro  em sua  estrutura. Pode variar do mais claro azul  até o azul mais escuro. Alguns são misturados com cinza, o que deprecia o valor da pedra.

5.  Diamante negro.
       Os diamantes negros têm esta cor devido a presença de fissuras contendo substancias, na maioria sulfato, deixando-os opacos. 
 
6.       Diamante marrom.
      Os diamantes marrons são da mesma família dos diamantes rosas e vermelhos e pode parecer estranho mas as mesas características de estrutura que determinam essas cores são encontrados nos diamantes marrons. O Brasil e a Austrália são os maiores produtores dessa cor de diamantes.

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Os diamantes marrons são conhecidos pelos nomes de    “Champanhe e Conhaque”. É importante não confundir o diamante  “fancy brown” com o diamante comum e portanto de menor valor. Para ter maior valor o diamante tem que ser em sua classificação de cor a palavra “Fancy Brown”.

domingo, 10 de março de 2013

DIAMANTES-JAZIDAS

JAZIDAS DIAMANTÍFERAS.

    O diamante  é formado em grandes  profundidades  (talvez de 80  a  200 Kms) e de 1.100 a 2.000°C  sob  altas pressões  (cerca de 30.000 atm). A erupção de sua rocha-matriz (kimberlito) o projeta à superfície através das chaminés vulcânicas.




 Existem jazidas diamantíferas em muitos lugares da terra, sendo que a África e a Sibéria são particularmente privilegiadas. Até o século XVIII, chegavam ocasionalmente diamantes de Bornéu, mas sobretudo da Índia, onde foram encontradas algumas grandes gemas de valor histórico. O diamante é encontrado na natureza sob duas formas:


JAZIMENTO PRIMÁRIO

    O  diamante está encravado na rocha portadora  e conserva-se em sua forma original.  Na  África do Sul,  foram descobertas 250 pipes (chaminés vulcânicas) de formação geológica do cretáceo, entretanto somente algumas são diamantíferas. A mina  chamado de “kimberlito” contém no seu topo uma rocha argilosa, chamada yellow ground (terra amarela), devido à cor amarelada, que é produto da meteorização do Blue ground (terra azul). O kimberlito é uma rocha ígnea rica em olivina, um tipo de peridotito, no estado de brecha. O pipe mais famoso, a mina de Kimberley, foi explorado entre 1.871 a 1.908 sem nenhuma maquinaria. Foi aí que se formou o maior buraco escavado pela mão do homem, tendo 460m de diâmetro na superfície e a profundidade de 1.070 m. Desta mina extraíram-se 14,5 milhões de quilates de diamantes. Atualmente, ela é explorada por meio de galerias subterrâneas.

              As famosas minas do tipo pipes (chaminés vulcânicas) são as de Bultfontein, De Beers, Dutoipan, Finch, Jagersfontein e Wesselton.








JAZIMENTO SECUNDÁRIO.

São os locais onde os diamantes são encontrados distantes das chaminés vulcânicas. Os diamantes perdem a sua forma original ficando arredondados. A maioria dos jazimentos no Brasil são secundários.
Em 1.725, encontraram-se os primeiros diamantes no continente sul-americano, em Minas Gerais,   junto a atual cidade de Diamantina, às margens do rio Jequitinhonha. Em 1.843, foi descoberto na Bahia o carbonado pardo-negro, um agregado de diamantes microcristalinos, muito apreciado na indústria devido à sua grande resistência. O Brasil encabeçou  durante os séculos XVIII e XIX a produção  mundial de diamantes, sendo porém suplantado posteriormente pela África do Sul. As jazidas do Brasil eram predominantemente aluviais, em associação com uma rocha decomposta, semelhante ao kimberlito. A região de Estrela do Sul, no extremo oeste do Estado de Minas Gerais  produziu e tem produzido os maiores diamantes. Existem kimberlitos próximos a região de Estrela do Sul que poderá levar futuramente os pesquisadores a encontrarem estas rochas intrusivas produtores de diamantes. Geologicamente, essas duas áreas produtoras provêm de períodos completamente diferentes.  Enquanto a de Estrela do Sul remonta a 120 a 150 milhões de anos a de Diamantina data provavelmente de 500 milhões a um bilhão de anos.
Milhares de  garimpeiros estão engajados  na mineração de diamantes, espalhados  por um área de mais de 4.000.000 de quilômetros  quadrados, desde as chapadas de Rio Branco, na fronteira com a Venezuela, até os Estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Ao contrário de alguns outros países produtores de diamantes, como a Índia, por exemplo, onde as minas estão quase exauridas, há sólida evidência  de que o Brasil ainda produzirá diamantes por muitos anos.  Apesar de já terem sido encontrados cerca de 300 kimberlitos no Brasil, nenhum apresentou ainda uma produção viável. A mineração tem sido portanto restrita até agora às terras de aluvião, solos aluviais e aglomerados antigos.
Numerosas jazidas no sul da África são aluviais (jazimento secundário). A superfície terrestre que se encontrava anteriormente a uns l.000 metros mais alta, e assim como as chaminés diamantíferas que emergiam nela, foram transportadas no decorrer do tempo, tendo estas últimas sido esvaziadas em sua parte superior. Os diamantes foram transportados pela água junto com o pedregal  fluvial para outras regiões,no caso do rio Orange, que foi a primeira descoberta africana em l.867, atéo mar. De acordo com isto, existem jazimentos secundários nos vales do rios, antigos terraços fluviais, e inclusive, tal como se sabe desde 1.926, na costa atlântica.